terça-feira, 14 de abril de 2009
Imagem quanto vales...
Estribo-me hoje no blogue "Abrupto" do notável Pacheco Pereira (PP) porque escreveu - bem, como de costume - um pequeno "tratado" do fascínio pela "imagem" que o actual PM desenvolve e pela qual se desenvolve. Pouco Governo e muita imagem é a imagem que tenho deste Governo, tal como PP "fastidia-me" aquilo a que assisto há muito e merece ser registado para informar que ali não se informa mas se tenta irradiar imagem de gente de Governo.
Fica um excerto do post aludido, o texto integral pode ser lido aqui.
"Há um governante que trabalha muito. O ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a televisão, a rádio e a propaganda. No seu ministério e no gabinete do primeiro-ministro, trabalha-se 24 horas por dia e em todos os azimutes. Seria, aliás, interessante saber se um blogue anónimo "corporativo" feito por assessores usando arquivos governamentais e que tem o objectivo de popularizar os temas da propaganda, fazer contrapropaganda e desinformação bastante profissionalizada, se bem que sem grande sucesso, depende desse ministro ou do gabinete do primeiro-ministro. Aí trabalha-se em tempo quase real, mas governar só residualmente. No Governo está tudo em estado de estupor. Estudar os assuntos, identificar e resolver os problemas, implementar um programa, fazer qualquer coisinha por um país que está numa profunda, muito profunda crise, não se usa nem se pratica. A culpa salvífica é da "crise", que é tratada como uma desculpa útil e pouco mais."
...
"Já toda a gente percebeu que o primeiro-ministro incorpora todos os dias na sua agenda um pretexto para um comício de três ou quatro minutos no prime time televisivo, que tem como objectivo ou a propaganda directa de si próprio ou do seu Governo, ou uma resposta às críticas da oposição. Todos os dias, insisto, todos os dias, a narrativa da propaganda governamental desenrola-se aos nossos olhos como se fosse uma notícia, quando é apenas um puro tempo de antena."
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10 comentários:
Pois é! Ele fala, fala, e gesticula. Um tratado de imagem pensado. Eu não gosto nada dele. Não gosto da cara, não gosto dos olhos, enfim não gosto de Sócrates. Tenho muita vontade de o mandar calar. É isso que vou fazer! Mandá-lo calar. E o desejo vai direito para o gabinete dele, aquele para onde mandei a imagem de Nossa Senhora de Fátima, para o ajudar na resolução da crise. Porém ele tinha que mandar a imagem para uns quantos outros ministros, para não quebrar a corrente... Mas ele não me respondeu, o que significa que a Santa nada quer com ele .. pois tudo permanece igual, regredindo ao som daquela voz esganiçada, mentirosa....Não sei o que a Câncio vê nele. Mi expriquem viu
Acerca deste mesmo texto do PP, escrevi um texto a partir de uma frase utilizada por ele. Pode lê-lo aqui http://atexturadotexto.blogspot.com/2009/04/qimonda-ja-estava-salva-nas-respostas.html
Cumprimentos
Caro Sérgio Bernardo,
As pessoas que sentem que é fundamental a mudança que o MMS advoga, acabam por se encontrar neste ou noutros "fóruns" a debater as ideias necessárias e a indignar-se pela forma abusiva, e tudo menos competente, com que os políticos nos pretendem enganar para manterem o poder. Temos de continuar a saga da luta pela verdade na acção governativa, pelos valores que devem valer - têm de valer, pois só assim haverá um futuro digno para os mais jovens e gerações vindouras. Quem não perceber isso já, percebe-lo-á tarde de mais.
Cumps,
SD
Caro mario,
Sobre a arrogância do actual PM, "institucionalizada" por uma maioria absoluta conferida por um sistema eleitoral deficiente, que considera que 2.500.000 portugueses podem decidir por todos, muito já se disse e muito mais haveria a dizer. Como diz o bom ditado português "à primeira qualquer um caí mas, à segunda só cai quem quer". Espero, muito sinceramente, que à segunda os portugueses não queiram voltar a ser enganados. Mas espero ainda mais que quem se absteve nas anteriores eleições perceba que foi máximo contribuinte para a maioria absoluta fictícia (mas efectiva) que este PM alcançou.
Cumps,
SD
Pena que tenhamos no distrito alguns exemplos semelhantes....
A abstenção não pode nem deve ser vista neste prisma - o de que o eleitor se borrifou! Essa é a forma mais cómoda de criticar o abstencionista. Eu não votei! Sabe porquê? Porque quer o CDS, quer o PS, quer o PCP, quer o BE, quer o PSD, não me merecem a) reflexão, b) deslocação, c) investimento do meu tempo. A abstenção deve ser vista como o sintoma de que o panorâmica política tem de mudar, e não como a falta (in) cívica à urna. E tanto assim é que os abstencionistas levaram todos os que votaram a pensar que a trampa é maior que o anunciado. Este PM é simplesmente uma nódoa, uma figura ditadora e ameaçadora da liberdade de expressão de cada um de nós. E, ainda, a prova de que os portugueses não se cansaram da ditadura salazarista.Não falo mais deste gajo!!
Caro mario,
Concordo consigo em que os partidos que nos conduziram à pior crise desde 1974 não merecem o apoio dos portugueses. Contudo, a abstenção não é lida pelos políticos como você gostaria que fosse lida e, pelo contrário, aproveitam-se disso para "construir" maiorias de minorias!
Cara India,
É com muito agrado que registo a sua intervenção, depois de longa ausência participativa, isto porque a India é uma das primeiras comentaristas deste blogue!
Quanto ao comentário: posso adicionar, pela experiência que vou acumulando nas lides políticas que, no distrito, se nota muito o "medo" em afrontar políticos. Sinto que para muitos transmontanos a politica democrática não significa política pelo povo mas, aparentemente, política do "demo".
Não posso deixar de aplaudir o mario pelo seu último comentário e dizer que no meu ponto de vista aquela não é uma maneira de ler os números da abstenção mas sim A maneira de os ler! Votar é um Direito que cada cidadão tem e não uma obrigação! Em meu ver votar também não é um dever cívico, pensar nas questões políticas que dizem respeito ao bem de todos e não apenas olhar para o seu próprio umbigo, isso sim deveria ser visto como um dever cívico. Até porque, de que serve ir colocar uma cruz num partido que não se conhece minimamente ou no Voto Branco sem ter feito alguma vez um esforço para conhecer minimamente como funciona o nosso sistema político! Na minha opinião ou votamos num partido que conhecemos bem a sua maneira de pensar e as suas soluções, nas quais nos revemos, ou então mais vale ficar em casa e discutir política com outras pessoas criar associações, movimentos ou até mesmo partidos ao invés de continuar na sua vidinha despreocupada das questões políticas mas no entanto ir colocar uma cruz no voto branco, quase que religiosamente, todas as eleições dizendo ser “um dever cívico”! Civismo é preocupar-se com o bem-estar comum e fazer alguma coisa por isso.
Correcto Edgar,
O que não pode ser é não votar por desacreditar e depois não agir para corrigir, apenas criticando esporadicamente os eleitos pelos outros.
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