quinta-feira, 9 de abril de 2009

Eles sabem que nós sabemos que eles sabem que o MMS tem razão no que defende para Portugal




António José Seguro, do PS, escreveu em Janeiro de 2009 no Expresso um artigo, intitulado "Um novo ciclo", que reflecte completamente aquilo que o MMS defende em termos de renovação do sistema eleitoral, representativo e modelo governativo. Talvez por isso, AJS esteja hoje mais afastado do centro de decisão do PS do que esteve no passado. Creio que o AJS, por ter uma mente aberta à mudança e defender ideias para o povo português, está remetido para um limbo de indesejáveis do PM - onde também incluo o Manuel Alegre e o João Cravinho - mas ainda assim com direito a emitir opinião, enquadrada pelo próprio PM na pluralidade salutar que reconhece ao PS. Pois bem, essa pluralidade na reflexão, torna-se numa ditadura da acção quando o PM não segue nenhuma das ideias da pluralidade.

Pior que a partidocracia é a ditadura do secretário-geral do partido. O que os portugueses querem, e obviamente o MMS quer, é a devolução da democracia aos portugueses. Ajudem-nos a MUDAR PORTUGAL, apoiando o MMS.

Fica um excerto do referido artigo, cuja versão completa podem encontrar aqui.

"O ano de 2009 é um ano de eleições. Entre Junho e Outubro, os portugueses terão oportunidade de votar em três actos eleitorais: Parlamento Europeu, Assembleia da República e autarquias locais.

Em minha opinião, estas eleições marcarão o início de um novo ciclo na vida democrática do nosso país.

Entre outras razões, porque, estou convicto, serão as últimas eleições (Assembleia da República e autarquias locais) a ser disputadas com as actuais regras eleitorais. É insustentável, por exemplo, que um cidadão não saiba quem é o seu deputado e não possa comunicar com ele quando tem um problema; ou manter-se a nebulosa entre as funções das câmaras e das assembleias municipais, reduzindo a eficiência do controlo democrático de parte da acção do poder executivo, o qual junta vencidos e vencedores. Os portugueses não compreenderiam que passasse mais uma legislatura sem uma reforma do nosso sistema eleitoral que nalguns casos passa pela modificação das leis, mas noutros exige uma nova atitude dos eleitos.

Mas também, porque a participação e os resultados eleitorais, com ou sem maiorias absolutas, poderão originar modificações profundas no sistema partidário e conduzirão, no mínimo, a uma intensa discussão sobre o actual sistema de governo.

Desde 1974, que o sistema partidário se tem mantido, quase, inalterado. Excepção para a entrada do Bloco de Esquerda, que desde 1995, tem vindo a aumentar a sua representação parlamentar e, momentaneamente, para o PRD e o PSN. Não obstante, à direita e à esquerda, a par de uma vontade de participação cívica, emergem sinais de descontentamento para com a acção dos partidos políticos, o esbater de fronteiras ideológicas, a forma como se faz política e a captura do interesse público por interesses privados."

4 comentários:

Anónimo disse...

Super interessante este post
Marcelo Pinho

Sérgio Deusdado - MMS Bragança disse...

Caro Marcelo,

Não tenho dúvida que se o MMS tivesse aparecido antes, muitos dos agora renegados de outros partidos por pensarem um Portugal melhor não tinham necessidade de o defender envergonhadamente sendo reféns do sistema, ostracizados por não agradarem a uma extensíssima clientela política.

Abraço,

Edgar disse...

Até parece que este senhor leu o Manifesto Mérito e Sociedade antes de escrever o artigo! Fico satisfeito por saber que apesar de tudo ainda existem políticos neste país que pensam em questões de fundo essenciais à nossa democracia, ou o que resta dela!

Sérgio Deusdado - MMS Bragança disse...

Caro Edgar,

Nos outros partidos o mérito é coisa prescindível e hoje, o PS de JS prescinde claramente dos contributos de AJS, devem pensar que "está infectado" por ideias muito modernas!

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