domingo, 23 de novembro de 2008

O divisionismo esquerda/centro/direita é prejudicial para o desenvolvimento do país

Não será a ideologia dos partidos desagregadora dos portugueses e uma forte tensão aplicada à subsistência e congruência da lei constitucional do país? A fragmentação ideológica que os partidos propõem é avessa aos princípios fundamentais da Constituição, os portugueses são muito mais importantes que os partidos. Ver os portugueses subjugados aos partidos é sinal de que o modelo governativo português está caduco. Para usar uma imagem do futebol: é na selecção nacional que todos nos unimos, e se porventura há alguns que, nem pela selecção, se libertam da clubite, então são acusados de atrasados. A Constituição deve unir todos os portugueses, para a respeitar, cumprir e fazer evoluir para elevar os padrões da nossa democracia, contudo precisamos de um Governo em quem possamos confiar verdadeiramente. Portugal precisa de um partido selecção nacional. Os partidos clubes são menos importantes e, menos importante que os partidos clubes é a sua vã ideologia, quase sempre difusa e pouca compreendida pela maioria dos portugueses. Um partido será tão bom quanto a qualidade dos seus programas de governo e a qualidade dos talentos que reúne para os implementar, servindo Portugal com o melhor de Portugal. Esta devia ser a ideologia de todos os partidos: SERVIR MELHOR PORTUGAL. O MMS assume essa ideologia na sua plenitude, nasce da sociedade para a sociedade, e requer os melhores da sociedade para melhor governar Portugal. Voltando à imagem do futebol, no actual sistema governativo a selecção nacional é de forma alternada, representada pelo PS e pelo PSD, e nesse sentido a maioria dos portugueses não se revê nessa selecção, nem os jogadores são os melhores sendo a causa o divisionismo ideológico que impediu os melhores de se reunirem.

O MMS defende a qualidade de vida dos cidadãos, o reconhecimento do mérito como indutor do desenvolvimento, o valor da sociedade educada e livre e os valores da sociedade, a governação com competência, rigor, transparência e responsabilidade. Preconiza a despartidarização da gestão pública, a responsabilização dos eleitos e uma redução significativa de agentes políticos pela racionalização das instâncias do poder governativo. A mensagem do MMS pretende interpelar todos os portugueses. A política só pode resolver os problemas de Portugal se Portugal resolver os problemas da política.

Um partido que nasce para se perpetuar na oposição não acrescenta ao país mais do que o inerente divisionismo ideológico. O MMS está interessado em resolver os problemas de Portugal, a forma como o pretende fazer anuncia a sua caracterização ideológica, a forma como o fará consolidará essa ideologia. No meu entendimento, correndo o risco de parecer controverso, a real ideologia vê-se na acção e não na visão. A visão ideológica pode ser utópica, demasiadamente grande para as pessoas que se dispõem realizá-la. Só quando essa ideologia é passada à prática é que se percebe a real ideologia. O fim do ideal do comunismo em Portugal só não aconteceu porque – felizmente, acrescento eu – nunca passou de visão.

Vivemos uma crise económica sem precedentes, resultante, sobretudo, de governos desrespeitadores da função para que existem – proteger os cidadãos de crises, regulando os vários sectores de desenvolvimento. Portugal precisa de uma resposta dos portugueses. Os portugueses abstencionistas devem assumir o que querem para Portugal, a democracia existe para que todos se pronunciem e para que as ideias da maioria prevaleçam. Não é democracia saudável quando menos de metade votam e menos de 1/4 dos portugueses se transformam em maioria absoluta, garantindo ao partido do governo as condições para a governação autista. Votar é um dever cívico mas, para votar em consciência é necessário adquirir essa consciência fazendo, de forma independente, uma análise da vida política do país, procurando encontrar nas alternativas a melhor solução para Portugal. Votar nos de sempre, votar nestes porque sim ou nem votar é uma ofensa a Portugal, é condenar o país à pobreza e ao subdesenvolvimento.

O MMS é um partido aberto, disposto a inscrever as melhores soluções para o país no seu programa de governo, e para tal precisa dos melhores contributos, somos um partido moderno porque não estamos reféns de ideologias anacrónicas, sectárias, ultrapassadas e falidas. A ideologia do MMS não precisa de se inspirar em movimentos estrangeiros para ser moderna, não precisa de ser atómica para conferir unidade nem precisa de ser impactante para ter impacto. A ideologia do MMS está inscrita nos genes de todos os portugueses, é inata e irrevogável, o MMS propõe-se criar as condições para que os melhores líderes se apresentem para conduzir Portugal. A ideologia inata do MMS é a mesma que teve D. João II quando tornou Portugal num dos países mais avançados do mundo, é a mesma que uma dona de casa usa para governar a sua família com o salário mínimo nacional, é a mesma que emana da solidariedade nacional espontânea em causas maiores com foi a de Timor há anos. Quais foram as ideologias subjacentes a estes grandes actos de governação? Note-se que os ideólogos dos actuais partidos dominantes ainda nem sequer tinham nascido no séc. XV, nem a dona de casa sabe nada da escola de economia de Chicago, nem a solidariedade espontânea sabe nada de tratados ideológicos humanistas. A ideologia que se propala e até se escreve num papel é acessória, o que realmente importa são as pessoas e a sua ideologia inata.

Se considera que esta mensagem é importante então há que a deixar seguir o seu caminho, reencaminhá-la para todos, que cada um contribua com o seu melhor para ajudar à revolução inteligente. O projecto do MMS está, em primeiro lugar, dependente daqueles que, cientes da sua capacidade para a política executiva ou não executiva, queiram disponibilizar-se para fundamentar a alternativa de governação que o MMS propõe. O MMS pretende justificar todos e cada um dos votos que receberá, retribuindo em trabalho e dedicação.

Estamos a mudar Portugal, a sua ajuda é importante e decisiva.


Até breve,

Sérgio Deusdado
sdeusdado@mudarportugal.pt

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