sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MMS contra a partidocracia...


"No pós 25 de Abril, com toda a liberdade conquistada, proclamou-se a democracia, porém ela foi substituída habilmente pelos políticos, que tantos há que nunca tiveram nenhuma outra actividade profissional sem ser políticos (exemplos disso são o nosso Primeiro-Ministro, o Dr. Almeida Santos, o Dr. Santana Lopes - neste caso exceptua-se o tempo em que foi presidente do Sporting -, o Dr. Manuel Alegre, entre muito outros), por um outro regime, não declarado, nunca legislado nem tão pouco assumido, a partidocracia.

Portanto creio que as dificuldades respiratórias da nossa política e da nossa sociedade se devem não ao situacionismo mas sim à Partidocracia: a ditadura, ou melhor, o regime de governo dos, pelos e para os partidos.
Regime dos partidos: foram eles os autores do regime - os lugares eleitos são seus, não dos eleitos, e só eles são os legítimos representantes do povo!!!???
Regime pelos partidos: não é possível haver projectos governativos sem ser dentro do grupo de partidos que entre si partilham o poder, ou seja os dois maiores e os seus satélites, todos mais ou menos cúmplices, que abafam completamente qualquar ponto de luz que tente quebrar esse bréu.
Regime para os partidos: estes governam e governam-se, nomeadamente através dos milhões que recebem do orçamento de estado para se sustentarem e financiarem, como pela forma como os cargos políticos e públicos são distribuídos pelos amigos políticos - quando estes últimos deveriam de ser lugares de carreira, de quem faz carreira, nunca de quem é amigo, estando o estado e os partidos de tal forma intrincados que se confundem.

A Partidocracia está de tal forma enraizada que não conseguimos quase conceber outra forma, outro regime.
Acho que é tempo de haver uma separação clara entre os partidos e os estado, tal como o laicismo, proclama para o estado e a religião.
Como? Simples, muito simples: todos os cargos da Administração Pública deixam de ser de nomeação política, são desempenhados por indivíduos com qualificações e com carreira feita, independentemente dos ventos partidários do poder: as esferas de nomeação política limitar-se-iam aos ministros e seus secretários de estado (claro que os os seus muitos e diversos assessores e afins).
Como? Simples, muito simples: todos os cargos eleitos pertencem a quem é eleito e não ao partido, sendo os deputados eleitos em círculos uninominais, bem como o primeiro-ministro, ministros e secretários de estado são apresentados como uma lista que vai a votos, tal como acontece na mais vulgar das associações deste país.
Como? Simples, muito simples: os partidos deixariam de receber qualquer verba do orçamento de estado para se financiarem, teriam de ser os seus militantes a financiar o partido.
No entanto estas ideias são inconvenientes para a Partidocracia vigente, daí a forma como são abafadas. Sim porque existe quem as defenda: o partido Movimento Mérito e Sociedade (MMS), defende estas e muitas outras ideias, e aí, aí sim, o situacionismo não permite que este ar novo entre na nossa política e traga uma nova respiração à nossa sociedade tão necessitada."

Escrito por Sérgio Bernardino no blog npndni, ler aqui.



Bem haja ao meu homónimo por tão eloquentemente "decifrar" a intrincada malha da rede que impede o desenvolvimento de Portugal. Vencer a partidocracia foi uma das principais razões pelas quais foi fundado o MMS, despartidarizando a administração pública e promovendo, baseados no mérito, rigor, responsabilidade e transparência, o desenvolvimento de Portugal para beneficiar a qualidade de vida dos portugueses.

Cumps,
Sérgio Deusdado

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Está de acordo com a existência de milhares de lugares de nomeação na administração pública?