quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Carreirismo político a quanto obriga alguns

Depois das listas do PS terem batido todos os recordes de "paraquedismo" de candidatos, fomos surpreendidos, por parte da direcção nacional do PSD, pela capacidade de fazer ainda pior nesse tema. Não está em causa o julgamento do valor político das personalidades infiltradas nas listas, o que está em causa é a defesa das regiões e o direito que estas devem ter em escolher os seus representantes. Esse direito é delas e nunca pode ser usurpado pelos partidos.

Mas pior que o desrespeito pelas pessoas das regiões que nem sequer lhes é dados o direito de votarem nos seus representantes, é o silêncio ensurdecedor que a distrital de Bragança do PSD tem feito sobre este tema. Hoje o presidente da Assembleia distrital, José Silvano, acusa disso mesmo a distrital do seu partido (ver aqui). Não se fica pelas críticas e ameaça demitir-se. É sério e coerente com o que haviam dito antes e sente que o seu futuro não depende das boas graças da direcção nacional. Outros, porém, não se poderão gabar do mesmo, pois só o carreirismo político por subserviência justifica o silêncio cúmplice, desresponsabilizando-se pelo prejuízo representativo que o PSD está a infligir ao nosso distrito.

No MMS não há desses vícios. Todos os candidatos da nossa lista por Bragança, a qual com muita honra encabeço, nasceram ou residem há mais de 10 anos na região, nenhum depende da política nem tem carreira política. Têm carreiras de mérito pessoal e profissional e não são hemiplégicos nas suas ideologias. Não se atrasam com o divisionismo esquerda-direita. São da frente. Candidatam-se para defender os seus eleitores e a sua região. Candidatam-se para fazer muito melhor, foram forçados a entrar na política pelo péssimo desempenho de quem nos tem governado nos últimos 35 anos de democracia.

Abraço,
Sérgio Deusdado

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