Fotografia do génio Eduardo Gageiro
Na hora da despedida da bancada socialista, Matilde Sousa Franco foi franca e disse, basicamente e em resumo meu : “Si lo sé no vengo”.
Nada melhor do que ouvir as suas próprias palavras para entender-lhe o estado de alma:
Excerto do discurso de despedida da AR de Matilde Sousa Franco
De que vale eleger um deputado que não tem voz própria? Trata-se de acrescentar mais um membro à marioneta e mais um fio que a ataca, da mesma maneira que ataca e amordaça todos os outros membros. Livres de se livrar são todos mas, poucos se livram das amarras. Cada um dos deputados membro da marioneta não representa ninguém, nem a si próprio. É preciso mudar isto. Se alguns aceitam e até se esgadanham para integrar a lista dos membros da marioneta, no MMS cada deputado é amarrado ao seu povo, ao povo que o elegeu.
O MMS é o único partido que não defende a disciplina partidária na actuação dos deputados na AR, antes pelo contrário, condena-a. Essa independência está explícita no artigo 15º dos seus estatutos.
Artigo 15º
(Disciplina)
Todos os eleitos em representação do MMS devem, em todas as questões políticas, responder perante os cidadãos que os elegerem, pelo cumprimento geral do programa com que se apresentem a sufrágio e exercer livremente o seu mandato, nas condições definidas no estatuto dos titulares e no regime de funcionamento e de exercício de competências do respectivo órgão electivo.
Os defensores do sistema partidário encontrarão mil e um argumentos para defender a disciplina partidária. O MMS não defende o sistema, quer alterá-lo para melhor. Não são os partidos que têm de moldar a sociedade mas é a sociedade que tem de moldar os partidos. Que está acima, os portugueses ou os partidos? A Exma. deputada Matilde Sousa Franco não conseguiu mudar o partido que representou, se for coerente e quiser de facto votar em círculos uninominais, fim da disciplina partidária, fim da partidocracia e obrigatoriedade de cumprimento integral dos mandatos, terá de votar MMS.
Abraço,
Sérgio Deusdado